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sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Imortal
sábado, 28 de abril de 2012
Almanaque Gótico #3
Já está a venda a revista ALMANAQUE GÓTICO #3 com o tema "Contos da cidade maldita". São 49 paginas em formato americano, em preto e branco, e capa colorida com muito, muito terror urbano.
Quanto: R$ 4,90
Peça já seu exemplar pelo email: almanaquegotico@gmail.com
Por:
domingo, 26 de setembro de 2010
Entrevista #2: Vivianne Fair
B.N.: Pude observar em seu debate que desde nova você sempre se dedicou às artes e à busca de melhorar as áreas que já domina, mas também percebo muitos jovens habilidosos deixando seus sonhos de lado por falta de incentivo. Qual conselho você poderia dar a esses jovens?
Vivianne Fair: Não desistam desses sonhos; tenham sempre em mente seus objetivos e planos. Incentivo raramente vem ou não vem; estude e melhore suas técnicas, mas não fique parado esperando a grama crescer. Busque contatos, divulgação, e não se fixe só nisso, afinal, você tem que ter vários recursos. Pode ter que investir também. Se é o que quer, lute por isso, ninguém vai realizar seu sonho por você.
B.N.: Em se tratando da área de quadrinhos é comum observarmos que se trata de um mundo dominado pelos homens e que ainda é visto como leitura para crianças. Quais são as maiores dificuldades que as mulheres encontram ao apresentarem seus projetos às Editoras?
Viviane Fair: Muitas editoras acham que a mulher não dará conta do que elas têm em mente. Graças a deus nunca encontrei ou não percebi a discriminação; procuro apenas editoras que tem a ver com meu trabalho, mas tem algumas que nunca me responderam. Não sei se isso se deve ao fato de eu ser mulher, mas acredito que não. Infelizmente a HQ é sim, vista como uma leitura para crianças e na maioria das vezes não é o caso.
B.N.: Ainda se tratando de quadrinhos, como o público tem reagido ao perceber que as mulheres também estão ganhando destaque como roteiristas de HQs?
Viviane Fair: Normalmente a reação é arregalarem os olhos e dizer: “VOCÊ? Quadrinhos? Que legal!” E acabam se interessando pela curiosidade, mas normalmente a reação é bem incentivadora.
B.N.: Já na área literária, muitos escritores têm encontrado editoras que estão se abrindo para novos talentos. Em alguns casos o batismo se dá por contos em antologias, e em outros já podemos vislumbrar os livros solos de alguns escritores. Com dois livros no mercado, você diria que esta área está realmente mais aberta ou ainda possui muitas dificuldades a serem superadas?
Viviane Fair: Dificuldades não deixarão de existir, mas sinto que o mercado tem estado mais aberto. Apesar da constante luta de espaço dos autores nacionais em relação aos estrangeiros, se não fossem estes últimos, os nossos jovens talvez não estivessem tão abertos à leitura como estão agora. As editoras agora estão notando o potencial brasileiro, graças aos pedidos desses mesmos jovens. É muito gratificante!
B.N.: A grande problemática de Brasília deve-se ao fato de que a cultura não é tão divulgada quanto os problemas políticos. É necessário ir a locais específicos ou fazer parte de grupos para saber o que anda acontecendo na cidade. Eventos como o debate na Livraria Cultura, noites culturais no T-Bone, mostras de filmes no Cine Brasília e até mesmo espetáculos teatrais e musicais, acabam tendo seu publico reduzido pelo fato da pouca divulgação. Desabafe uma forma de revertermos esse quadro e tornarmos a cultura mais conhecida a todos os tipos de público.
Vivianne Fair: É realmente revoltante. Um povo sem uma cultura ou uma educação de qualidade é um povo dominado. Nosso sistema de educação tem permanecido imutável ao longo dos anos, minha mãe leu os livros que li; assim como meu filho tem sido obrigado a ler os mesmos livros. Não há a menor dúvida que os clássicos são interessantes, mas é realmente necessário ficar só nisso? Fantasia, aventura, atualidades, tudo isso é deixado de fora; os autores que estudamos são os mesmos, os livros invariáveis; sendo que muitos desses autores já se foram. Tudo bem que faz parte da nossa cultura, mas os novos que estão surgindo não fazem parte da cultura da mesma forma? Não é hora de abrirmos um espaço para todos? Os jovens não deveriam ter a opção de dizer o que quer ler ou pelo que se interessa? Já tive que aturar jovens dizendo que ‘livro nacional é ruim’. De quem seria a culpa? Do nosso sistema de educação arcaico e acomodado ou dos jovens que não reivindicam seus direitos? Acho que seria necessária uma divulgação gratuita por parte da imprensa. Comerciais, divulgação, grupos de estudo de livros, de repente até uma matéria voltada para isso nas escolas. Se houvesse tanta divulgação como existe de novelas e coisas voltadas ao consumismo desenfreado ou problemas na política, acredito que o povo teria uma educação melhorada, por buscar ele mesmo sua própria opinião.
Para conhecer um pouco mais sobre a autora dos livros A Caçadora e Cavaleiros do RPG, acesse o site Recanto da Chefa
domingo, 19 de setembro de 2010
A DANÇA RUBRA DE LUNNA — CAP. II
Antes de prosseguir, um aviso:
Não espere deste registro um grande comprometimento com a verdade. Como dito antes, trata-se de um mero exercício mental, uma tentativa de capturar antigas lembranças e atar o tempo a um pedaço de papel, que algum de meus criados converterá para interfaces contemporâneas e linguagem rebuscada, na esperança de torná-lo imortal. Quanta ironia! Pois bem, aviso dado, a história continua...
E ainda tem quem chame isso de vida fácil: ser enrabada por meia dúzia de trocados de um sujeito fedido, tendo que fingir que isso é ótimo... É, muito fácil! Babacas!
...Nossa! Como era bonito, o desgraçado! Disso, lembro com clareza: ele me olhou daquele jeito que a gente sente e instantaneamente pensa: “putz, tô perdida!” — e estava.
Leia o início desta história em BRUMAS NEGRAS E-ZINE Nº1
sábado, 11 de setembro de 2010
Noturna
BIOGRAFIA
Noturna é uma banda brasileira de Gothic Metal da cidade de Belo Horizonte. Formada em Agosto de 2002 por Vivian Bueno (Vocal), Fábio Bastos (Vocal e Guitarra), Victor Munhoz (Piano e Sintetizadores) e Guilherme Carvalho (baixo) visando mesclar as diversas influências de cada integrante.
Durante algum tempo a banda não tinha um baterista fixo e precisava ensaiar com bateria seqüenciada; enquanto isso, Fabio Bastos se dedicava às composições da banda. Em janeiro de 2003 o baterista Rafael Costa se juntou a banda e começaram então os preparativos para a gravação do Cd demo Symphony of Decadence , e os shows de divulgação.
O álbum foi lançado em agosto de 2003 e obteve uma ótima aceitação de crítica e público, fazendo com que a banda conseguisse excelentes oportunidades com a gravadora Hellion Records, a abertura do Show do Moonspell, em Belo Horizonte, e a aparição no Jornal Hoje da Rede Globo.
O contrato com a Hellion Records foi firmado no final de 2004, e o debut Diablerie lançado pela mesma em Dezembro de 2005.
Em Dezembro de 2006, Fábio Bastos anuncia sua saída da banda. Em entrevista à Metalclube Fábio confessa estar desanimado com o estilo Gothic metal e com bandas com vocais femininos e que esse foi um dos motivos que o levaram a sair da banda.
A banda começa a procurar por um novo guitarrista. Em março de 2007 é anunciado que a banda havia encontrado um novo guitarrista, mas não havia divulgado seu nome. Depois de um mês de mistério, Sérgio Barbieri assume as guitarras e os guturais da banda.
Pouco depois da estréia de Sérgio no Gates of Darkness, Guilherme Carvalho anuncia seu desligamento da banda por motivos pessoais. Nesse período o Noturna estava em fase de composição e começou então a procura por um novo baixista.
No início de 2008 começa a ensaiar com o Noturna, assumindo o baixo e vocais limpos Alan Curátola, mas o nome só é divulgado no show de Eliminatória do Wacken Metal Battle, em BH, em Abril do mesmo ano.
Em Novembro, ainda de 2008, a banda participa da sessão de autógrafos do Nightwish, que aconteceu no Hard Rock Café em Belo Horizonte e surpreende com a ausência de Victor Munhoz nos teclados, sendo apresentada assim a mais nova integrante da banda: Laura Pataro. Após o show, a banda explicou na internet que problemas internos culminaram com a saída de Victor Munhoz.
Atualmente a banda está gravando o seu segundo álbum, no Estúdio WZ, em Belo Horizonte. O disco está sendo produzido por Alan Wallace e André Márcio da banda Eminence, ainda sem data de lançamento.
ANÁLISE DAS MÚSICAS
O cd Diablere é todo muito bom. Dentre as músicas que se destacam mais estão “Tears of Blood” e “Evil Heart”; a segunda se destaca mais porque é a mais bem trabalhada juntando vários tipos de vocais como lírico, gutural, coros e vocal masculino “limpo” como o de André Mattos. T ambém se destaca a faixa que dá nome ao cd “Diablere” e a segunda música intitulada “Remembrance of Dying”. Na maioria das melodias eles adotam um tom muito agressivo com guitarras bastante distorcidas e vocais guturais “nervosos”, tudo isso com o contraste da voz angelical de Vivian Bueno que consegue acalmar os ânimos. As letras seguem o mesmo clichê das bandas de gothic metal, sendo as temáticas predominantes a solidão e as trevas. No entanto, isso não importa, afinal é um clichê ótimo!
UM POUCO DA HISTÓRIA DOS GÓTICOS
Bom, o termo gótico originariamente GODO, era o nome de uma das tribos germânicas. Com o decorrer dos anos o termo “gótico” foi usado em várias artes e, até mesmo, na moda; dentre essas artes estão a pintura cujo inicio ocorreu na Itália por volta do séc. XII. Um renomado pintor desse estilo é GIOTTO; uma das características predominantes da pintura gótica era a perspectiva já que os pintores queriam criar espaços que pareciam reais. O termo gótico aparece na arquitetura também por volta do séc. XII, nas catedrais, e se espalhou muito rápido pelo leste europeu trazendo nela inovações em rel
ação ao período medieval. Durante quatro séculos, a arquitetura gótica desenvolveu-se radicalmente; os elementos de arquitetura foram aperfeiçoados, o interior das novas catedrais passou a possuir luminosidade e também a ser exuberantemente altas.
Já na contracultura, o chamado gótico é um estilo de vida. Tal estilo de vida teve maior repercussão nos anos 70, especificamente no Reino Unido. Esse modo de vida abrange desde música, moda específica e filosofia. Na música os termos abordados seguem temáticas como decadência, depressão, escuridão e, muitas vezes, temas religiosos. Os pioneiros da música gótica são o Bauhaus, o Sisters of Mercy e, é claro, o The cure que, além de ser precursor musical criou o visual e o estereótipo do chamado gótico, ou seja, o uso constante de roupa preta e maquiagem pesada. A banda Noturna é um grande exemplo desse tipo de música, pois une todos os “clichês” visuais e musicais góticos tais como roupa preta, maquiagem pesada e muita “obscuridade” nas letras.
Bom, terminando o estilo de vida gótico e passando para o visual deles, bom... Aposto que ao ler isso você logo imaginou uma pessoa vestida de preto e realmente é assim que eles se vestem. A cor Preta como tonalidade predominante acompanhada à uma postura tida como juvenil, é geralmente um arquétipo do mainstream[1]. A cor preta, como representação estética, geralmente é acompanhada de uma, ou mais cores adicionadas de forma peculiar para compor os visuais dentro dos estereótipos variante do Gótico. Como simbolismo, a semântica pode variar de indivíduo para indivíduo, ou estar praticamente ausente, permanecendo como apenas questão de estética.
O gótico na literatura teve início no séc. XVIII, na Inglaterra, especificamente com a publicação do livro O castelo de Otranto de Horace Walpole. Costuma-se destacar, como algumas das principais características desse tipo de literatura, os cenários medievais(castelos, igrejas, florestas, ruínas), os personagens melodramáticos (donzelas, cavaleiros, vilões, os criados ), os temas e símbolos recorrentes (segredos do passado, manuscritos escondidos, profecias, maldições). O romance gótico é uma manifestação essencialmente híbrida, um elo entre o romanesco e o romance no qual uma atmosfera de mistério, aflição e terror prevalece. Os autores góticos investiram na criação de imagens obscuras e representações simbólicas. O medo e o anseio pela morte foram temas centrais nessas narrativas cujos enredos oscilavam entre a realidade verificável e a aceitação de um mundo sobrenatural. Só pra citar alguns autores “góticos” são eles Bram Stoker que fez o aclamado Drácula e Mary Shelley com o seu Frankenstein: ou o moderno Prometeu.
Pode parecer estranho, mas quando as pessoas se referem ao termo gótico pensam em coisas sombrias e escuras, uma contradição com a arquitetura gótica citada.
Comumente ligado à obscuridade, O termo gótico choca conceitualmente com o que as catedrais medievais representaram em termos arquitetônicos. Diferente das catedrais românicas, que eram horizontais e escuras, as catedrais góticas eram longilíneas e claras devido ao uso de vitrais. Não podemos então, ver o termo simplesmente como espelho do que a moda e música dos anos 70/80 nos mostraram. Gótico é mais uma tentativa de entender e se ligar com a natureza superior (a altura das torres), de protestar contra a ordem vigente (o preto significa o luto, a oposição ao caminho que a humanidade está traçando).
[1] Mainstream: “O termo Mainstream inclui tudo que diz respeito à cultura popular, e é disseminado principalmente pelos meios de comunicação em massa. Muitas vezes é também usado como termo pejorativo para algo que "está na moda". O contrário do Mainstream seria chamado de Underground, ou seja, o que não está ao alcance do grande público, sendo restrito a cenas locais ou públicos restritos” (disponível em WWW.pt.wikipedia.org/wiki/Mainstream).
Sítio Oficial: www.noturnaonline.com
Letras: www.letras.terra.com.br/noturna/